O Design e o Sucesso

É o design fator primordial de sucesso?

Um dos principais argumentos contra a disseminação e valorização do design no amplo universo empresarial, reside no fato que o mercado está cheio de exemplos de grandes e conceituadas empresas que se fazem utilizar de design de fraca qualidade.
Este, é assim, o argumento de peso contra o design, pois se a empresa é grande, conceituada e utiliza design de qualidade duvidosa, então o design não é um fator primordial de sucesso.?!

O design não é um fator primordial, assim como o trabalho árduo não o é, da mesma forma que a competência também não o é, pois vejamos; existe tanta gente que não trabalha duro e tem sucesso, existe tanta gente incompetente que o tem. Na verdade, o design, só é fator primordial de sucesso para a empresa que presta serviços de Design, para todas as outras, é apenas mais um fator preponderante, da mesma forma que um bom panejamento fiscal, ou uma boa gestão financeira o é, ou da mesma forma que uma equipe de vendas bem estruturada e dirigida é. Temos assim, que o design não é um fator primordial mas sim um fator preponderante.
Resta agora ponderar sobre o peso e impacto que cada um dos fatores preponderantes de sucesso que tocam o exercício de uma atividade, devem ser alvo de atenção e investimento, e aqui entra a estratégia e o posicionamento que cada empresa adota e quer implementar em função do mercado e concorrência.
Assim, estaremos a falar de marketing, ao determinar o posicionamento e as vantagens competitivas da empresa, e se no decorrer deste processo se sentir que existe necessidade de comunicar com o mercado alvo, melhor a apresentação do produto, criar informação sobre o produto, mudar a "cara" da empresa, então estamos com toda a certeza a falar de design, enquanto instrumento de comunicação, e se o objetivo é comunicar então isso terá de acontecer de forma eficaz, ou seja; com bom design.

Traçando um paralelo entre a atitude empresarial que premeia a contratação de serviços de design de qualidade duvidosa e as atitudes de gestão comercial por parte dos mesmos empresários, não será difícil encontrarmos o seguinte cenário; a empresa tem um grande contrato que está sendo negociado, quem é que geralmente esta envolvido nesse processo; obviamente os principais diretores ou até o presidente da empresa, ou seja, a empresa está deslocando esforços efetivos mediante a definição clara e objetiva de uma possibilidade de negócio!!!! Nada de mais? tudo de mais!!!!
Especialmente quando isto define uma forma de estar e padrão gerencial de só tratar com a devida importancia as oprtunidades que de facto dessa forma se apresentam, clara e inequivocamente, agindo relativamente a todo o resto com a displiscencia quotidiana, que permeia por exemplo a contratação de um qualquer vendedor, pelo menor custo, para visitar potenciais clientes, da mesma forma que se contrata um qualquer design para se comunicar com potenciais clientes, mais uma vez a empresa só se aplica quando vislumbra uma possibilidade de negócio efetiva, tomando como modelo de atuação uma inconsequente inversão de papeis, no que toca ao comportamento de clientes e vendedores em mercados.
Isto talves possa ser explicado pela falta de crença no negócio, partindo do pressuposto que o problema está no mercado, na economia, enfim, o problema está sempre fora da empresa, quando o problema está justamente na empresa, pois em se tratando de uma atividade econômica enquadrada num setor de atividade mais ou menos bem definido, para uns estarem faturando menos existirão outros faturando mais, sendo assim o problema não será conjuntural e externo, mas estrutural e interno.

Mesmo quando se tratam de setores de atividade, em que a oferta claramente suplanta a demanda, encontramos empresas que mantêm índices de crescimento sustentado, ou seja empresas que vivênciam o mesmo mercado e se mantêm em crescimento, justamente porque a procura se movimenta para a melhor oferta global, e hoje cada vez mais se procura valor agregado, valor global de negócio, que extravasa a "unidade" de produto ou serviço vendido.

O design, não é a única solução, mas com toda a certeza fará parte da solução de uma empresa responsável com a atitude e visão estratégica, mas acima de tudo com crença no que pode oferecer ao mercado, ou seja, consciente do seu papel e espaço no mercado, preocupada em crescer. Não fará sentido desenvolver esforços e acreditar em sucesso pleno, sem considerar o design, como elemento primordial de definição de personalidade, de forma de estar e ser percebido no mundo empresarial.

O design é assim uma variavél de sucesso, que é tão ou mais importante em função das outras variavés que compoêm a equação e assim definem o tamanho e a imporatncia de um negócio, como um todo.

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