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Que vença o melhor do melhor!

A concorrência gera o aperfeiçoamento do produto ofertado.
Por: Ornaldo José - Abril de 2012

Atualmente a economia anda aquecida e a inflação está em alta devido ao forte crescimento do consumo, porem a competição entre as empresas continua em alta e é bastante acirrada, e como nos destacar na concorrência?

Nos dias atuais, no mundo dos negócios, continuar competindo passou a ser sinônimo de sobrevivência. Enquanto grandes empresas buscam fatias cada vez maiores do mercado, as empresas de pequeno porte se preocupam com a sobrevivência. Não basta apenas se preocupar com os concorrentes atuais, precisamos nos preocupar com os concorrentes que ainda estão por vir, puseram de novo para alugar o espaço ao seu lado... Enquanto muitas fecham, outras prosperam e crescem com pessoas preparadas e cheias de gás para queimar! Existem empresas que estão agindo no silencio e nós nem percebemos, quando nos damos conta, elas já estão “bombando”, ou seja, fazendo sucesso, firmes e fortes ganhando cada vez mais mercado e com isso influenciando os seus clientes à migrarem. Mas como competir de forma eficiente e se manter firme e forte num mercado tão acirrado? Não basta ser muito bom onde muitos são bons, tem que se diferenciar e buscar sempre sair na frente, ser sempre o melhor, ser a referência. Mas como? 

Organização.
Segundo Maximiano(1992)1 "uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. 
Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são  todos exemplos de organizações."
Toda empresa requer um mínimo de organização, daí o nome “organização”, comece por ai, para que possamos ter sucesso temos que trabalhar de dentro para fora, como se diz um dito popular, “Costume de casa vai à praça”, que é uma verdade, uma empresa limpa, organizada e bem setorizada anda bem mais fluída e minimiza bastante os tropeços do percurso, evitar o desperdício também faz parte da organização, saber delegar tarefas à determinados colaboradores reduz a sobrecarga para o administrador que poderá desprender mais tempo para tarefas de punho estratégico e decisivo.
Nas minhas consultorias vejo muitas empresas nascerem com vontade de crescer mais se esquecem desse primeiro passo, organizar de dentro para fora e algumas acabam fechando ou deixando de crescer como poderiam, o simples fato de não crescer no tempo certo pode resultar em uma fadiga e um posterior fracasso.

Inspiração.
Procure inspirar-se nas maiores e melhores, os times que estão ganhando, busque estudar as estratégias dos vencedores, analisar com o olhar externo é sempre muito positivo, pois conseguimos enxergar as qualidades e defeitos existentes, dessa forma dá pra seguir algumas formulas, aplicar melhorias com um toque pessoal de forma bem original. Avalie a qualidade dos produtos vendidos no concorrente, quantidade, apresentação e o atendimento. Verifique qual é o produto mais pedido ou comprado, assim você pode ter ideias inovadoras para novos produtos ou simplesmente melhorar os já existentes.

Motivar e ser motivado.
Devemos buscar nos motivar sempre, lendo, pesquisando, dedique um tempo para a análise de mercado, dedique mais tempo para estudar e conhecer novamente sua empresa, faça cursos de reciclagem dentro de sua área de atuação, todo empreendedor deve manter o mesmo entusiasmo de gerir seu negócio de quando começou, o mesmo entusiasmo pelos produtos ou serviços prestados de quando esses foram idealizados, na verdade devemos sempre reinventalos. Quando se cai na rotina passa-se a acreditar que não precisa mais se renovar, que está tudo muito bom, que temos os melhores produtos do mercado, vendemos os nossos produtos ou serviços de maneira automática e não nos preocupamos mais com o que os nossos clientes pensam sobre os mesmos, deixando muitas vezes de escutar opiniões importantes para saber quando e o que mudar, vendemos de qualquer jeito, nossos argumentos viram frases frias e decoradas de forma automática e as vendas tendem a diminuir na mesma medida em que os nossos clientes vão se sentindo desprezados. Quando acreditamos no que fazemos, nos dedicamos, demonstramos e convencemos nossos clientes de que nosso produto ou serviço são de excelente qualidade, nesse momento devemos mostrar as nossas qualidades e nunca puxar o tapete dos nossos concorrentes, nessa hora devemos nos preocupar em oferecer o melhor aos nossos clientes. Todos nós percebemos quando algo é feito com amor, dedicação e cuidado e isso se reflete no produto. 

Visões de qualidade do produto ou serviço.
São duas visões de qualidade do produto ou serviço, uma de quem vende (empresa) e outra de quem compra (cliente). Na visão do cliente, seu produto ou serviço deve se destacar pelo preço, design, disponibilidade, variedade, forma do atendimento, utilização, aplicabilidade, praticidade, versatilidade, garantia, e qualidade, sem esquecer que a qualidade é aquilo que o cliente enxerga como tal. 
Na visão do empreendedor deve se destacar na forma de como o produto ou serviço é preparado, fabricado, embalado, manuseado, armazenado, apresentado, ofertado, vendido e entregue ao cliente, sem esquecer que esse produto ou serviço deve satisfazer e surpreender todas as expectativas do cliente. São duas visões distintas e que o empreendedor deve se atentar, a visão simplista da qualidade não conseguirá cativar ou satisfazer o cliente, pois ele esta cada vez mais exigente e consciente.
Se somado a todos esses quesitos existir um diferencial no atendimento o sucesso virá rapidamente.

Marketing estratégico “Informação e divulgação”.
Em se tratando em competir, que vença o melhor... Como? Primeiro não subjugue nenhum concorrente seu, seja ele representativo ou não. Descubra tudo que puder sobre os produtos e serviços que eles oferecem, a maneira que os divulgam e os apresentam ao mercado. Aprenda sobre é a política comercial das empresas, níveis de preços, produtos do seu nicho de mercado, e principalmente quem é seu público. Conheça principalmente seus clientes, para satisfazer seus clientes é preciso conhecê-los bem. Identifique suas preferências, hábitos e necessidades. Estabeleça um relacionamento mais firme, profundo e íntimo, deixe claro seu compromisso de atendê-los cada vez melhor e de forma cada vez personalizada. Mas não esqueça, a ética na competição é algo imprescindível.
Estruture-se para divulgar e apresentar seus produtos e serviços de forma que tanto seus futuros clientes, quanto os atuais conheçam seus pontos fortes, sua missão empresarial e seus valores. 
Faça deste procedimento uma rotina, um hábito, pois seus clientes só irão gravar os valores de seus produtos e serviços se você estiver sempre aparecendo e se mostrando para o mercado, seja persistente, divulgue, divulgue e divulgue sempre e todos os dias, explore todas as ferramentas existentes nos dias atuais, desde flyers (panfletos) populares impressos e distribuídos manualmente de mão em mão, jornais, revistas, malas diretas, propaganda boca a boca, ligações, às mídias mais caras com tv e rádio, mais não se preocupe se algumas das mídias impressas, tv e rádio não estiverem ao seu alcance, hoje temos o veículo que mais cresce e ao alcance de todos nós, sim é essa mesmo em que você esta navegando, a internet, uma mídia de grande e poderoso alcance, explore bastante, pois é de baixíssimo custo.

Design e suas facetas, onde elas entram?
Como enfatizar tudo isso aos olhos do consumidor, pessoas que vêem a empresa que representa o produto que esta sendo ofertado? É nessa hora que entra o Design Gráfico, ele é o responsável de aplicar no material impresso todas as campanhas de publicidade e propaganda desenvolvidas para as empresas por publicitários e profissionais do marketing, além de todo o material institucional de divulgação, que são eles; Identidade coorporativa, brand, cartões de visita, catálogos, folders, flyers, embalagens de produção impressa e etc, já Design de Produto fica responsável em projetar o mesmo propriamente dito, seja ele em escala industrial ou artesanal, além de auxiliar no desenvolvimento do produto intangível que conhecemos como serviço, já a função da ferramenta de Web Design é apresentar os dois anteriores virtualmente de forma a levar todas as informações até o cliente, onde ele estiver, o design em sua essência é uma ferramenta de concepção, construção e conceitualização do produto ou serviço, mais sem sombras de duvidas ela é principalmente conhecida como uma ferramenta de sedução visual.


Autor: Ornado José

Abri minha empresa, e agora?

Não se preparou antes de abrir a empresa?
Comece a pensar nos fatores importantes para viabilizá-la.
É bem provável que paire esta dúvida na cabeça de muitas pessoas que acabaram de formalizar suas empresas.
Receberam o CNPJ, documento que os habilita a serem "empresários".

Mas, afinal, como se forma um empresário?
Quanto tempo leva?
O que é preciso para ser um empresário?
Ou não precisa de nada?
Vamos fazer uma analogia com os profissionais liberais:
Um médico para começar a realizar cirurgias, leva mais de oito anos.
Com responsabilidade e autoridade.
Um advogado para enfrentar um júri, um juiz, defender ou representar alguém, tem que cursar cinco anos de graduação na faculdade e ainda passar no exame da OAB, condição que tem sido cada vez mais difícil nos últimos tempos.
Para que um engenheiro faça um projeto de uma casa, tem que utilizar de muito conhecimento e experiência. Além das especializações necessárias, pois é preciso se atualizar sempre.
Isso serve para jornalistas, dentistas, arquitetos, professores, contadores e todos os profissionais que escolheram atuar com aquela atividade. Uma pessoa se intitula "empresário" a partir do momento em que começa a agir, informal ou formalmente.
Acha que não requer nem prática e, muito menos, habilidade. Simplesmente se convence que pode abrir sua empresa e vender seus produtos ou serviços e, melhor ainda, que as pessoas vão comprar.
A dura realidade é a indicada pelas pesquisas do SEBRAE, que apontam uma mortalidade de empresas no Brasil logo no primeiro ano de vida, em torno de 22%. E há aquelas que seguem insistindo no mesmo modelo e logo descobrem que não conseguirão ir mais longe.
As causas mais importantes do fracasso são, invariavelmente, falta de habilidade e conhecimento como empreendedor, falta de um planejamento adequado e deficiência na gestão do negócio. Aí surge a questão: abri minha empresa! E agora? Qual a resposta? Ou quais são elas?
Com certeza, uma delas é: agora você tem que sobreviver. Outra, deverá ser: agora a sua empresa tem que dar lucro.
Ainda outra: agora sua empresa tem que vender.
Muitas são as respostas para essa angústia, principalmente porque se você não se preparou adequadamente para entrar no mercado, onde existem concorrentes competentes, que se preparam bem, terá que buscar respostas durante o desenvolvimento da empresa, ou, como diz o ditado: "consertar a roda com o carro em movimento".
Se esta pergunta faz parte do seu cotidiano, aja imediatamente, procurando as informações necessárias para as soluções dos problemas.

Ações de curto prazo serão imprescindíveis, como:
- reavaliar o mercado - clientes, concorrentes e fornecedores; - ajustar (ou implantar, se não tiver) os controles - estoque, venda, contas a pagar/receber, clientes, custos, preço de venda e fluxo de caixa; - alinhar os perfis e as funções dos funcionários; - verificar se os produtos ou serviços atendem às necessidades do mercado.
Estas providências poderão dar um fôlego, mas não bastam.
É necessário organizar a empresa, disciplinar os processos e os recursos e desenvolver uma proposta de ações de médio e longo prazo (pode chamar isto de planejamento estratégico). Um plano de negócios pode ser uma boa ferramenta para definir, acompanhar, avaliar e corrigir essas atividades. Há vários modelos e um deles deverá ser mais apropriado e preciso para a sua empresa.
Autor: Roberto Bellucci
Fonte: Sebrae

O que fazer depois da empresa aberta?

Abri minha empresa, e agora?

Não se preparou antes de abrir a empresa? Comece a pensar nos fatores importantes para viabilizá-la.
É bem provável que paire esta dúvida na cabeça de muitas pessoas que acabaram de formalizar suas empresas.
Receberam o CNPJ, documento que os habilita a serem "empresários".
Mas, afinal, como se forma um empresário? Quanto tempo leva? O que é preciso para ser um empresário? Ou não precisa de nada?
Vamos fazer uma analogia com os profissionais liberais:
Um médico para começar a realizar cirurgias, leva mais de oito anos. Com responsabilidade e autoridade.
Um advogado para enfrentar um júri, um juiz, defender ou representar alguém, tem que cursar cinco anos de graduação na faculdade e ainda passar no exame da OAB, condição que tem sido cada vez mais difícil nos últimos tempos.

Para que um engenheiro faça um projeto de uma casa, tem que utilizar de muito conhecimento e experiência. Além das especializações necessárias, pois é preciso se atualizar sempre.
Isso serve para jornalistas, dentistas, arquitetos, professores, contadores e todos os profissionais que escolheram atuar com aquela atividade. Uma pessoa se intitula "empresário" a partir do momento em que começa a agir, informal ou formalmente.
Acha que não requer nem prática e, muito menos, habilidade. Simplesmente se convence que pode abrir sua empresa e vender seus produtos ou serviços e, melhor ainda, que as pessoas vão comprar. A dura realidade é a indicada pelas pesquisas do SEBRAE, que apontam uma mortalidade de empresas no Brasil logo no primeiro ano de vida, em torno de 22%. E há aquelas que seguem insistindo no mesmo modelo e logo descobrem que não conseguirão ir mais longe.

As causas mais importantes do fracasso são, invariavelmente, falta de habilidade e conhecimento como empreendedor, falta de um planejamento adequado e deficiência na gestão do negócio. Aí surge a questão: abri minha empresa! E agora? Qual a resposta? Ou quais são elas?
Com certeza, uma delas é: agora você tem que sobreviver. Outra, deverá ser: agora a sua empresa tem que dar lucro. Ainda outra: agora sua empresa tem que vender.
Muitas são as respostas para essa angústia, principalmente porque se você não se preparou adequadamente para entrar no mercado, onde existem concorrentes competentes, que se preparam bem, terá que buscar respostas durante o desenvolvimento da empresa, ou, como diz o ditado: "consertar a roda com o carro em movimento".
Se esta pergunta faz parte do seu cotidiano, aja imediatamente, procurando as informações necessárias para as soluções dos problemas.

Ações de curto prazo serão imprescindíveis, como:
- reavaliar o mercado - clientes, concorrentes e fornecedores; - ajustar (ou implantar, se não tiver) os controles - estoque, venda, contas a pagar/receber, clientes, custos, preço de venda e fluxo de caixa; - alinhar os perfis e as funções dos funcionários; - verificar se os produtos ou serviços atendem às necessidades do mercado.
Estas providências poderão dar um fôlego, mas não bastam.
É necessário organizar a empresa, disciplinar os processos e os recursos e desenvolver uma proposta de ações de médio e longo prazo (pode chamar isto de planejamento estratégico). Um plano de negócios pode ser uma boa ferramenta para definir, acompanhar, avaliar e corrigir essas atividades. Há vários modelos e um deles deverá ser mais apropriado e preciso para a sua empresa.

Autor: Roberto Bellucci
Fonte: Sebrae

* É possível empreender sem ter dinheiro?

Se você perguntar a um empreendedor qual a principal dificuldade de se criar e manter um negócio no Brasil a resposta que ouvirá será: acesso ao capital.
Eu diria que o acesso a recursos realmente não é simples no nosso país, mas não considero que este seja o principal problema ou dificuldade para fazer acontecer.
Existem outros empecilhos, alguns dos quais criados pelos próprios empreendedores.
Para aqueles que acompanham meus textos sabem que o planejamento, ou a falta dele, sempre aparece nas pesquisas como o principal fator relacionado ao sucesso ou fracasso de um negócio.
Mas voltando à questão de acesso ao capital, hoje em dia existem diversas alternativas para se conseguir recursos, até a “fundo perdido”, para você estruturar e desenvolver sua empresa.
A premissa continua sendo a mesma: os projetos devem focar em inovação para terem chances de acessar tais recursos. As linhas existentes geralmente são provenientes de agências governamentais estaduais e do governo federal, sendo destinadas para capacitação de pessoal, pesquisa e desenvolvimento, acesso ao mercado e outras finalidades.
De todas as linhas, as mais atraentes são as destinadas a empresas inovadoras e que não exigem contrapartida significativa.
Isso já é um diferencial considerável, haja vista que para a maioria dos empreendedores, conseguir dinheiro em bancos significa oferecer alguma garantia real como contrapartida.

Indo direto ao ponto, vou citar apenas três bons exemplos.
Um deles é o projeto RHAE do Ministério da Ciência e Tecnologia e ligado ao CNPq.
Através deste projeto, micro e pequenas empresas inovadoras conseguem bolsas para pagar seus funcionários envolvidos nas atividades de pesquisa e desenvolvimento.
É como se o governo pagasse o salário de gente muito qualificada para trabalhar em sua empresa. Outro exemplo é o projeto PIPE da Fapesp de São Paulo (existem similares em outros estados da federação). No PIPE a empresa não precisa nem estar criada ainda para que o empreendedor submeta seu plano de negócios com vistas a conseguir os recursos para validar seu projeto inovador e depois colocá-lo no mercado.
Há a possibilidade de se conseguir até R$500mil para projetos inovadores no PIPE.
Cabe ressaltar novamente que não se trata de empréstimo e sim de aporte financeiro do governo em empresas inovadoras.
Finalmente, cabe citar um exemplo recente decorrente da Lei de Inovação.
Trata-se de uma chamada pública da FINEP de subvenção econômica à inovação. Através desta linha de fomento pode-se conseguir a partir de R$300mil para desenvolver projetos inovadores em micro e pequenas empresas.
Então, podemos concluir que se você tem um projeto de negócio inovador encontrará alternativas de investimento para fazê-lo sair do papel.
Apesar das grandes dificuldades encontradas para as empresas acessarem recursos financeiros no país, estes exemplos podem ser considerados alternativas extremamente interessantes.
A premissa continua sendo a mesma: você deve propor algo diferente. Não adianta recorrer a estas fontes de recursos para projetos tradicionais e em mercados já saturados por negócios similares. É isso aí.

Empreendendo com a experiência: quando a prática supera a teoria

Não são raros os casos de pequenos e médios empresários que têm sucesso mesmo sem formação universitária, embora muitos deles defendam que, com um curso superior, as coisas poderiam ser mais fáceis
Por Cristina Vílchez


Uma boa ideia de negócio é o principal para empreender. Tendo um projeto em mente e os objetivos claros, o passo seguinte é conseguir o capital suficiente para bancar esse propósito. Entretanto, o que acontece se não há conhecimento suficiente para iniciar um empreendimento?
A cada ano, engenheiros, economistas e outros profissionais com espírito empreendedor enchem as aulas das escolas de negócios para adquirir conhecimentos que lhes permitam aprender a administrar e gerir uma empresa, mas também para se embeberem de ideias novas antes de darem vida a seus projetos.
Entretanto, empreender não se trata apenas de obter formação acadêmica especializada na área. Muitos são os casos de pequenos e médios empresários que somente com vontade e convicção têm desenvolvido negócios exitosos sem nunca terem frequentado uma universidade.
É o caso de Manuel Sarmiento, empresário chileno dono da Sociedade Alvico, empresa dedicada à importação de flores. Ele comenta que aos 19 anos percebeu que queria empreender. Baseando-se nos conhecimentos adquiridos durante a infância, com os negócios da família, decidiu ir mais longe no mundo das flores, e hoje, após 17 anos de esforço e trabalho, dirige e administra uma empresa, e está a cargo de cerca de 50 empregados, que fazem por onde o empreendimento tenha sucesso.
”Ter uma formação é importante, mas, em meu caso, a prática vem me dando os conhecimentos necessários. Com os anos fui aprendendo a administrar o negócio, a tratar os empregados e, finalmente, a seguir empreendendo, diz Sarmiento. E acrescenta: “conheço grandes empresários que com muita formação e títulos acadêmicos já quebraram oito negócios. Assim, não creio que o êxito esteja vinculado à formação acadêmica exclusivamente”.

Viajando por todo o mundo para levar ao Chile as melhores flores e distribuí-las para o restante do país, Sarmiento lida diariamente com organismos internacionais e está à frente da logística de seu próprio negócio. Ele admite: “quando comecei, ainda tentei estudar Engenharia em Administração de Empresas, mas nunca pude terminá-la, porque tinha deveres com meu trabalho e minha família. Eu gostaria de terminar a carreira e poder me dedicar a uma melhor formação profissional, se o tempo me permitir”.
Outro caso parecido é o de Montano López, sócio fundador da empresa Norteam Ltda., empresa dedicada a desenho e fabricação de insumos plásticos para mineração, irrigação, aspersão e peças especiais. Sem formação universitária, o esforço e o compromisso têm feito com que hoje ele dirija uma empresa exitosa e empregue cerca de vinte funcionários.

“Para empreender é preciso um pouco de loucura, o que nos permite correr riscos que, no fim, podem dar grande satisfação, mas também podem ser um fracasso total. Aí precisamos seguir em frente e, às vezes, recomeçar do zero”, explica López.
Entretanto, diferentemente de Sarmiento, López acredita que é necessário ter conhecimentos acadêmicos para lançar-se com uma ideia de negócio. “Mesmo que a experiência seja importante, sempre vai ser mais difícil abrir e organizar uma empresa sem estudos. Eu gostaria muito de ter um curso superior, mas, desafortunadamente, não tive a oportunidade. A formação universitária dá uma capacidade intelectual distinta. Não me refiro a conhecimentos, mas a estrutura e métodos para empregar, que fazem muita falta na hora de aplicar o que se aprende no caminho”.
López destaca que o primordial para ser empresário é ter capacidade de gestão. “Se não a tem, tem que conseguir alguém que a tenha. Se aos estudos você soma a capacidade de gestão, a mescla é perfeita. Sem estudos e capacidade de gestão, a mescla ainda é boa. Mas quando se tem estudos sem capacidade de gestão, não há nada a fazer”, diz.

O empresário Montano López assegura que, junto com seu sócio, Pedro Noriega, está convencido de que fizeram um bom trabalho. “Criamos laços com nossos clientes e parceiros, no sentido de que muitas vezes fabricamos para eles os produtos como eles querem, oferecemos preços competitivos, temos pós-venda com constantes visitas, capacitamos seu pessoal e sempre estamos à disposição quando precisam”, explica.
Latino americano self-made em Nova York
Reconhecido é também o caso de Luis Martínez, conhecido como “O Cobaia”, um empreendedor chileno que chegou a Nova York com ânimo para ganhar dinheiro e se converteu em um empresário de sucesso. Seu amor por amendoim confeitado lhe levou a alugar um carrinho e vender esse típico produto chileno nas ruas de Manhattan. “Ninguém acreditava em meu negócio, nem mesmo o dono do carrinho, e eu superei todos os obstáculos”, lembra. Sem documentos e sem dominar o inglês, o vendedor teve que trabalhar duro para ganhar dos seus ferozes concorrentes.

Desde outubro de 1991, com entusiasmo e perseverança, conseguiu transformar-se em um grande vendedor, superando as limitações do idioma com sua personalidade extrovertida. Cada dia batia o recorde de dinheiro arrecadado no dia anterior. Já em 2000, “O Cobaia” não só tinha 15 carros de vendas em Nova York e empregava 20 chilenos, como também se dava ao luxo de vender e arrendar pontos que ele mesmo conquistou.
Valor agregado
Gabriel Hidalgo, gerente geral de Octantis, fomentadora de negócios da Universidade Adolfo Ibanez (Chile), explica que a geração de empresários consolidados na região (América Latina) conta com números nobres, sobretudo imigrantes, que adquiriram experiência justamente porque deixaram seus países “para iniciar, com esforço e do zero, uma nova vida neste continente”. A favor disso, o especialista destaca que, para empreender é extremamente importante ter educação superior, já que, em termos estatísticos, essa seria a única variável que se correlacionaria com o êxito. “Um engenheiro ou técnico pode elaborar uma oferta sofisticada com mais valor agregado, diferenciação ou inovação, e tem uma probabilidade maior de ter êxito na hora de empreender”, diz.
Hidalgo afirma que, na América Latina, a maioria dos pequenos e médios empresários que encabeçam os empreendimentos tem educação técnica, universitária e, inclusive, pós-graduação, ainda que, nesse caso, seja um percentual menor. De toda forma, ele salienta que a cada dia tem-se conhecimento de mais empreendedores orientados à ação, “que não fazem um plano e partem logo para um negócio, embora mais bem organizados e orquestradores de compromissos e recursos, mais conseqüentes que causais”.
“Amar Bhide, acadêmico da Harvard Business School, diz em um de seus artigos: ‘fogo-disparem-apontem’. Nisso, a formação pode ser muito diversa, e não necessariamente em negócios. À medida que o processo for permitindo fazer uma empresa ter sucesso, a iniciativa precisará passar de muita força e intuição a algo mais organizado e profissional”, acrescenta o acadêmico chileno.

Por fim, ainda que os especialistas em geral concordem sobre a importância de se ter uma formação adequada antes de iniciar um negócio, é importante lembrar que o primordial para um empreendedor será mesmo estar decidido e disposto a correr riscos. Empreender é uma loteria que depende de muitos fatores. Entretanto, sem dúvidas, os conhecimentos em gestão ou administração de empresas serão valores mais que agregados para alcançar o sucesso.


Cristina Vílchez

* Paixão é o que leva negócio ao sucesso

Ronald Degen, um dos responsáveis por difundir o empreendedorismo no Brasil, fala da importância da paixão para o sucesso do negócio, da melhor idade para começar a empreender, da frustração que uma franquia pode causar e como iniciar sem dinheiroPor Ana Cristina Dib

Ronald Degen: "Vida de empreendedor não é para qualquer um"
O engenheiro e empresário Ronald Degen é um dos principais responsáveis por difundir o empreendedorismo no Brasil. Na década de 1980, ministrou na Fundação Getulio Vargas o primeiro curso no país sobre o tema. O sucesso nas salas de aula o fez, anos mais tarde, lançar o livro, O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial (Editora Pearson, preço 106,20). A obra se tornou best-seller e é até hoje referência nas escolas de administração. Recentemente, publicou O empreendedor: empreender como opção de carreira (Editora Pearson, R$ 79), guia que ensina a montar um negócio próprio, vencer dificuldades, administrar riscos e alcançar o sucesso. Em entrevista concedida à Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Degen desconstrói mitos e afirma que a crise econômica é o momento ideal para abrir uma empresa.

O que leva as pessoas a empreender?As motivações são diversas. Não depender do emprego, não ter que se subordinar a chefes, além de ganhar dinheiro.
Empreendedores de sucesso têm um perfil diferente daqueles que não vêem o empreendedorismo como opção de carreira?Isso é um mito. Na verdade, o que percebo é que os empreendedores de sucesso, assim como pessoas bem-sucedidas que trabalham em outras áreas, têm um descontentamento nato que os ajuda a se destacar do resto. Eles não se conformam com o mundo e tentam adaptá-lo a si. Além disso, possuem grande necessidade de fazer acontecer e não medem esforços para alcançar o sucesso. Vida de empreendedor não é para qualquer um. Pelo menos no início, são no mínimo dez horas de trabalho diário, sete dias por semana.

A crise é um bom momento para abrir uma empresa?Com certeza. Em geral, as pessoas estão acostumadas com determinado padrão de consumo que é difícil ser quebrado. Compram sempre a mesma pasta de dente, frequentam os mesmos restaurantes, vão as mesmas lojas. É muito difícil convencê-las a experimentar algo novo. Porém, em momentos como o atual, elas repensam os modelos de consumo e ficam mais abertas a novidades porque precisam economizar. A crise é uma ameaça ao estabelecido. É a oportunidade para o novo.
Existe idade certa para se tornar empreendedor?O período universitário, dos 18 aos 25 anos, é o ideal. Nessa fase o jovem pode assumir riscos, pode experimentar. Ainda não possui responsabilidade com filhos, com despesas elevadas e pode recorrer à ajuda dos pais. Se o negócio não der certo, ele ainda tem a chance de recolocar-se no mercado de trabalho. A maioria das empresas valoriza funcionários que já tiveram um negócio próprio na juventude. Outra possibilidade, é virar empresário depois da aposentadoria. Nessa fase da vida, muita gente que não suporta a ideia de parar de trabalhar monta uma empresa. Como já tem renda garantida, o negócio vira uma maneira de preencher o tempo, conhecer pessoas, se divertir.
Teoricamente, devido à experiência no mundo empresarial, as chances de um grande executivo tornar-se dono da própria empresa são maiores. Porém, não é o que se observa na prática. Por quê?As estatísticas mostram que muitos executivos quando tentam abrir uma empresa não se adaptam a estrutura do pequeno negócio.

Nenhuma empresa nasce grande, é preciso crescer aos poucos para ter um desenvolvimento sólido. Conheço casos de executivos de renome que trabalhavam em multinacionais e decidiram pedir demissão para ser empresários. Eles compraram o escritório e contrataram a secretária antes mesmo de saber o que iam fazer. Como não houve um plano de negócio, perderam dinheiro logo de cara. Também há executivos que têm capital, desejam ter um empreendimento e estão sempre de olho nas oportunidades, mas não querem largar o emprego formal. Nesse caso, eles se tornam o que chamamos de investidores anjos, ou seja, investem capital e tornam-se sócios em empreendimentos. Encontrar um investidor anjo é o caminho ideal para jovens empreendedores.

* 5 Dicas para a sua empresa parecer grande!

Todo pequeno empresário sabe como é difícil conquistar clientes.
E aqui, muitas vezes, o tamanho do empreendimento importa, sim. Alguns pensam que empresas pequenas não darão conta de entregar um bom produto ou serviço e por isso já desistem do negócio logo de cara.Mas mesmo o seu negócio sendo classificado como uma pequena empresa, não precisa agir como tal em determinadas situações.
Se você fizer seu empreendimento parecer maior do que ele é, pode ser que fique mais fácil conquistar clientes.O site australiano Smart Company entrevistou especialistas e elaborou 10 dicas para fazer com que seu negócio pareça maior e, assim, passe mais credibilidade ao mercado. Aqui estão cinco dicas. A lista completa você acessa no site Smart Company (em inglês).

1. Construa um site pomposoUma das primeiras coisas que um grande prospect vai fazer antes de fechar negócio é verificar o site da empresa que pretende contratar. Por isso vale a pena investir em uma boa página na internet, o que não é mais tão caro de se fazer hoje em dia

2. Desenvolva a presença da sua empresa nas mídias sociaisEstar presente nas mídias sociais não apenas aproxima a sua empresa dos clientes como também faz o seu empreendimento parecer que tem mais tempo no mercado e mais experiência. Ter muitos seguidores, por exemplo, faz parecer que sua empresa está há mais tempo com as portas abertas.

3. Aumente um pouco ao falar de você mesmoNas pequenas empresas, o dono também é o diretor financeiro, de marketing e recursos humanos. Mas, nas conversas com possíveis clientes, comente sobre os “outros” diretores, pois isso transmitirá a imagem de uma empresa maior, mais bem estruturada.

4. Tenha um bom endereçoMuitos negócios que acabaram de abrir as portas ainda estão instalados dentro da casa do empresário. Só que isso pode soar estranho aos futuros clientes. Por isso, encontre um escritório barato num bairro bem localizado e aumente a credibilidade da sua empresa.

5. Invista no material promocionalNão seja mesquinho com os folhetos da sua empresa. Se o negócio precisa parecer profissional – além de ser, claro -, se esforce para fazer um bom material promocional.Adriana Fonseca

* Como Investir em marketing em pequenas empresas?

O trabalho na área de marketing nem sempre é visto como um esforço que traz lucros imediatos, mas sim como um custo a mais para as contas da empresa.
Infelizmente.
Já para uma empresa que está em seus primeiros anos de existência, a chance de os investimentos em marketing terem espaço dentro da organização é ainda menor.

O que, fatalmente, poderá ser um dos fatores de insucesso caso o negócio não deslanche, juntamente com os problemas de administração característicos das organizações menores e com pouca experiência de mercado.
Porém, nem sempre são necessários investimentos altos em marketing. Se sua empresa conhece bem seu público-alvo e dedica parte preciosa do seu tempo a planejar suas estratégias de comunicação e marketing o sucesso do negócio virá com o tempo, sem grandes investimentos.
A atividade de marketing em uma empresa de pequeno porte deve ser estruturada e estrategicamente pensada, ainda que a concentração das ações esteja somente no empresário, inicialmente. Para isso, um plano de marketing bem orientado ajudará a nortear as atividades de sua empresa.
Mas quais atividades são mais indicadas para as pequenas empresas? Tudo dependerá dos hábitos de consumo de seu público-alvo, suas preferências e carcaterísticas únicas. Mas, independente destes aspectos, algumas ações podem ser levadas em consideração, como:
- Faça pesquisas
Antes mesmo de abrir uma empresa, é preciso conhecer todo o mercado onde se deseja atuar. Cada vez que surge a idéia de um novo produto/serviço, deve-se estudar minuciosamente se esta é a melhor opção frente às necessidades do consumidor e o que a situação atual do mercado demonstra. É importante, também, mensurar os resultados obtidos, pois uma pesquisa de mercado deve nortear todas as ações que serão tomadas a seguir.
- Utilize a internet
A internet é um meio de comunicação com investimento relativamente baixo frente a outros meios utilizados como esforço de marketing. Seu crescimento tem causado muito impacto no modo de consumo das pessoas, e a tendência é que isso se espalhe e cresça ainda mais. Além disso, este meio pode ser utilizado em diversas etapas do seu negócio como: prospecção, divulgação da marca, pré-venda, pós-venda etc.
Construa um site voltado para o seu cliente, e se optar por usar serviços de mídias sociais e blogs gratuitos existentes (Facebook, Twitter, WordPress, etc), não se esqueça que este tipo de ação obrigatoriamente tem que gerar um retorno por parte do cliente, uma interação, senão se torna algo frio e sem envolvimento. Lembre-se que ter muitos “seguidores” e “fãs” não significa necessariamente que seu negócio está deslanchando. Atraia o seu público-alvo, pois é desta forma que suas vendas aumentarão. O bom relacionamento com os clientes deve ser o pensamento primordial e sua resposta a ele, frente aos canais de comunicação escolhidos, deve ser pronta e eficiente, sem delongas.
O e-mail marketing podem lhe ajudar a divulgar seus novos produtos, sua participação em um evento do setor e comunicar tudo que sua empresa precisa dizer. Não envie e-mails demais no mesmo dia, isso pode gerar desconforto ao cliente, que automaticamente pensará se tratar de práticas indesejáveis (spam).
- Imagem corporativa
Para vender seus novos produtos – que ainda têm sua qualidade desconhecida do mercado – é muito importante que a imagem corporativa transmita confiabilidade aos clientes. Investimentos em detalhes como logotipo, slogan, embalagem, envelopes e papéis timbrados da empresa devem ser encarados como um esforço de marketing, pois eles serão percebidos pelos clientes e influenciarão em sua decisão de compra.
- Relacionamento e parcerias
É muito importante que você faça parcerias e tenha um bom relacionamento com as empresas do seu meio de atuação – principalmente, com os veículos que divulgam as notícias do setor, como revistas, sites e jornais. A empresa é nova e precisa de reconhecimento, portanto, conquistar seus contatos é premissa para trocas eficientes. Ter um bom relacionamento com aliados facilita que o nome de sua empresa possa ser disseminado por estas parcerias de forma interessante para o seu negócio.
Para isso, freqüente eventos do seu segmento de atuação e faça contatos duradouros – boas práticas de networking devem ser levadas em consideração – que proporcionem parcerias de valor para ambas as partes. O importante é mostrar onde você pode contribuir com o negócio do parceiro, em troca da tão prestigiada colaboração por parte dele. Afinal, divulgação positiva é o que sua empresa precisa para associar a marca a um bom negócio.